Hoje mal vi o jogo de Portugal. Senti entusiasmo do público, senti compaixão para que uma equipa que todos querem que vá o europeu, mas que todos querem fazer um onze, escolher 23 e até se for preciso escolher a equipa médica e locais de estágio.
Hoje mal vi o jogo de Portugal. Ser pai também dá nisto, mas entre o ver e o brincar que via, lá me disse a minha filha, do alto dos seus dois e pouco: “Está a jogar o Porto”. Ao que eu respondi: “Não. É Portugal”. E ela: “Mas estão de azul...” Perdi o contraditório. Comecessemos por isso. A moda é muito gira, mas as camisolas vermelhas e o calção verde é mais e assim é mais Portugal. Se foi para confundir, acho que ficamos nós mais confusos... Que o diga o Patrício logo aos 3’.
Depois e pela primeira vez em muitos anos, acho que tivemos a selecção mais internacional de sempre. Em boa verdade se escreva que contra a França, país de emigrantes, filhos de emigrantes, repatriados e clandestinos tínhamos de jogar assim. No nosso ‘onze’ havia um açoriano, um madeirense, um brasileiro, um venezuelano. Depois ainda entrou um angolano... Só faltou o Macaense. Fernando Santos, o diplomata do futebol, procurou a diplomacia para ganhar um grupo.
Jogadores do Sporting e Benfica a titular e até o golo português foi marcado por Ricardo Quaresma, jogador do FC Porto. Veremos como será na terra do Cavaleiro.
