«Nas primeiras conversas com Lopetegui, falámos sobre o plantel e ele disse-me os jogadores que eram imprescindíveis, os que podiam ficar ou não, e os que não queria. Eu disse-lhe que só queria jogadores que viessem para dar tudo», começou por explicar em entrevista ao Porto Canal, frisando que foi Lopetegui que escolheu os jogadores que o clube contratou este último verão:
«Não teve todos os jogadores que quis porque houve alguns que ele queria e não foi possível.»
«Deu-me uma lista dos jogadores que queria que ficassem e nessa lista estava o Varela. Um dia no Olival foi falar com ele e disse-lhe: “Na próxima época conto contigo mas tens de jogar a outro nível”. Varela respondeu: “Mister, mas eu não quero ficar, quero ir ganhar dinheiro”. O treinador perguntou-lhe se aqui jogava de graça e ele disse que «queria ir ganhar mais dinheiro». Lopetegui disse-me que podia riscar o Varela da lista porque não queria na equipa jogadores com este espírito.»
Mudança radical começou a ser programada em janeiro
Pinto da Costa revela que começou a programar «a revolução» no FC Porto após o jogo com o Marítimo, a 1 de fevereiro:
«Pensei que tinha de haver uma mudança radical. As transferências acabavam após o nosso jogo na Madeira e, curiosamente, dois jogadores que queriam sair lesionaram-se e não foram jogar. Outros estiveram dentro do campo
à espera que o telefone tocasse.»
Mas o problema arrastava-se desde o início da época: «Apercebi-me da passividade, começava a época e o jogador já estava a pensar em dezembro. Não estava no clube com a cabeça nem com o coração, estava com as botas. O coração estava no Deutsh Bank e a cabeça no empresário.»
Foi então que decidiu: «Com o tempo, vou arranjar um treinador que mude esta mentalidade, que incuta entusiasmo à equipa, não é o treinador infalível porque isso não existe. (...) Estudei muitos perfis e ouvi muita gente sobre o Lopetegui. Cheguei à conclusão que era o treinador para a tal revolução e mudança de mentalidade que queria.»
E concluiu: «Os jogadores que não tinham mentalmente a força e querer estar no FC Porto, entendi que era preferível deixá-los sair para criar o grupo com a mística que hoje se sente. Este treinador dá alma à equipa»
O líder portistas negou ainda que a rotatividade promovida por Lopetegui seja uma imposição da SAD e que o treinador tenha ameaçado sair caso o clube não contratasse os jogadores que pediu.
fonte:abola